As manifestações convocadas pelo Movimento Brasil Livre (MBL), que aconteceram ontem, 12, foi um fracasso colossal. Endossados pelo líder pouco carismático Kim Kataguari, a manifestação vinha com aquela proposta da direita “suave” que entoa “Nem de direita, nem de esquerda” para angariar o voto daqueles que se dizem indecisos para as eleições de 2022.
A divulgação da manifestação, apesar de massiva não só pela internet, território conhecido do MBL, tiveram também ajuda ostensiva das mídias tradicionais como TV e Rádio, convocando o povo a ruas, porém pouco eficazes. Mas o fracasso das manifestações foram para além do público que não se fez presente nas ruas, mas também da adesão a ideia de terceira via, colocando na verdade as mesmas figuras que se escondem na mascaras de isentões.
Na Avenida Paulista, em São Paulo, os presidenciáveis João Doria (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Alessandro Vieira (Cidadania) defenderam uma aproximação entre os lados antagônicos do espectro político e fizeram comparações sobre e fizeram comparações sobre a mobilização atual com o movimento das Diretas Já, na redemocratização.
Todo mundo conhece a origem do MBL e seus criadores, ágeis em perceber um vácuo de liderança entre 2013 e 2014 este grupo foi às ruas, assimilou pautas oriundas do campo popular e enganou milhares de pessoas.
As manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff organizadas pelo movimento, o primeiro a raptar a bandeira do Brasil e a camisa da CBF, tornaram-se o canteiro do qual brotaram os defensores da “intervenção militar”. A perseguição moralista e pudica a artistas acusados de “sexualizar” a infância é obra do movimento, assim como a disseminação do “Escola Sem Partido”. O Kit Gay e a mamadeira de piroca não passam de memes.
Todos esses atributos pouco empáticos a pluralidade que se pede em um ambiente político saudável, que respeita e abraça a diversidade, não poderia ser encontrado em uma manifestação organizada pelo MBL, que se travestiu de bom moço e quis passar a ideia de que contempla a todas as ideias. Na verdade, as caras são as mesmas, são os mesmos homens brancos, mimados, que na primeira oportunidade que tiverem para esmagar a minoria vão fazer sem o menor peso na consciência.
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