Daqui a uma semana, dia 1° de novembro de 2021, começará a COP26. Este ano, a Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas será na Escócia. Todos os olhos estarão voltados para os especialistas e governos que irão debater o aumento da temperatura no planeta e formas de frear o aquecimento global, os impactos das mudanças climáticas, os compromissos para redução das emissões de gases de efeito estufa e a estruturação das regras do mercado de carbono estarão no cerne das discussões da COP26.
A expectativa é grande. Isso porque esses temas — antes restritos a grupos de pesquisadores e ambientalistas, que há muito alertam para os problemas e a urgência de soluções — agora também tiram o sono de governos, empresas, instituições e sociedade civil por todo o mundo. As consequências identificadas pelos pesquisadores no passado hoje são perceptíveis por qualquer um: os eventos climáticos extremos estão mais frequentes, as temperaturas médias e máximas mais elevadas, enchentes em maior número, além de ciclones e fenômenos como El Niño ou La Niña mais intensos.
E Belém do Pará? Como nossa capital se posicionará nos próximos anos sobre a possibilidade de se tornar uma capital sustentável que possa ser capaz de se desenvolver em equilíbrio e harmonia com a preservação ambiental? Ora, não é segredo para mais ninguém que desenvolvimento sustentável é possível com vontade e força política. Afinal, as mudanças climáticas têm dominado a agenda politica em meio a extremos climáticos letais, a protestos em massa, e, ainda, ao comprometimento de vários líderes mundiais com a descarbonização de suas economias até meados desde século.
Nossos parentes há muito tempo alertam que nas últimas duas décadas, deixamos de enfrentar o desafio climático e passamos a viver em um estado de emergência climática. Tomara, então, que na COP26, os lideres mundiais façam a opção politica de tirar do papel as orientações preconizadas no “Acordo de Paris”. O mais sensato é escolher a rapidez nas reduções de emissões e atualizar sem bravatas seus planos de ação para atingir objetivos concretos, tal qual, Edmilson Rodrigues prefeito, em Belém, vem fazendo. Belém se prepara para plantar 480 mil árvores em quatro anos. Não é apenas uma ou duas, será uma política pública de arborização da cidade.
Belém, incoerentemente, é uma cidade amazônica que nega o bioma. Isso precisa mudar, e, graças tupã, Belém, hoje, tem um gestor comprometido com a preservação ambiental.
Nossa capital necessita resgatar seu pertencimento de arborização. Pois, como bem pontua o próprio Edmilson, “Todo dia tem que ser um dia de busca de um futuro possível, que seja socialmente justo, ecologicamente equilibrado e democrático, porque é a expressão da sabedoria, do amor e do poder popular". A nossa luta não é apenas para plantar, o plantio tem um simbolismo, mas a luta é muito maior. Que Belém do Pará sirva de exemplo para o mundo.
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