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Foto do escritorNice Tupinabá

Fórum Nacional de Educação Superior Indígena e Quilombola: Universidade pintada de jenipapo e urucum





A luta dos povos indígenas em Brasília continua. Dando sequência às manifestações dos acampamentos ‘Luta Pela Terra’ e ’Luta Pela Vida’, em seguida à II Marcha Nacional das Mulheres Indígenas, agora chegou a hora da juventude mostrar sua força e somar nessa luta. Nesta semana aconteceu o I Fórum Nacional de Educação Superior Indígena e Quilombola. cerca de 700 estudantes de todos os estados foram debater sobre os desafios do acesso e permanência de quilombolas e indígenas no ensino superior brasileiro. A abertura do Fórum ocorreu na tarde da última segunda-feira, 4, com rituais e roda de cantos.


Esse debate foi precursor de mobilizações estudantis e dos movimentos sociais desde o ano de 2017, quando ficou ameaçada a continuidade do Programa Bolsa Permanência (PBP), fundamental para a permanecia dos estudantes nas universidades.

De lá para cá, todos os anos, nós estudantes indígenas e quilombolas, fazem verdadeiras caravanas de luta pelo direito dos nossos parentes à educação superior.

A luta é para garantir a bolsa permanência dos estudantes e uma educação básica de qualidade que atenda todos os povos, essa é a principal pauta frente a falta de apoio e reconhecimento que os indígenas e quilombolas têm dentro da universidade. Além do desrespeito para com os direitos adquiridos e a invisibilidade da luta desses povos.


Seguindo os protocolos sanitários contra a covid-19, com todos os participantes com o ciclo imune completo, o acampamento instalado no espaço da Funarte em Brasília é organizado pelos estudantes indígenas e quilombolas, com o apoio da organização de apoio à causa como: a APIB; CONAQ; MNU; UNE; CIMI; Fórum Nacional de Educação Escolar Indígena (FNEEI); Encontro Nacional dos Estudantes Quilombolas (ENEKI); e, a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos e Povos Indígenas.


As ações desta semana dão sequência às manifestações iniciadas desde junho desse ano, que reuniu cerca de 15 mil indígenas, de 176 povos indígenas, de todas as regiões do país, na luta por seus direitos e na resistência aos retrocessos impostos pela política anti-indígena.


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